segunda-feira, 9 de junho de 2008

Inveja

O Dário quis partipar no blogue escrevendo um poema como o João Pedro Mésseder.

Inveja

Invejo as ondas do mar,
invejo os raios do sol,
invejo as folhas das árvores,
invejo o azul do céu,
invejo o canto do ribeiro,
invejo a altura da torre,
invejo a cor do relvado,
e as árvores que estão ao meu lado.

Dário José Lourenço Caixinha.

Amor é...

A Ana Catarina também dedicou alguns momentos de escrita ao AMOR e escreveu:


AMOR É...

- Um diamante brilhante.
- Uma rosa vermelha.
- Um sonho de fantasia.
- Um dia cheio de luz.
- Um pássaro a cantar.
- Um livro cheio de aventuras.
-Ondas do mar a flutuar.
- E um menino a brincar
que me faz Amar.

Ana Catarina

Poemas

No tempo de Plano Individual de Trabalho, alguns meninos fizeram poemas e quiseram colocá-los no blogue.


Mãe tu és:


O meu amor florido
e não perdido.


O meu diamante
saltitante.


O meu coração
de melão.


O meu girassol
ao sol.


Maria Inês e João Pedro


Imitando a Maria Alberta Menéres, o Francisco Viana continuou a Lengalenga do Vento e escreveu:


Lengalenga do Vento



Andava o senhor vento
um dia passeando
encontrou a formiga:

-Senhor vento, que força!
Lá caí de barriga!


Andava o senhor vento
pé ante pé na vinha
quando avistou um cão:

-Senhor vento, que força!
Fui de focinho ao chão!


Andava o senhor vento
bailando no olival
quando avistou um lagarto:

-Senhor vento, que força!
cuidado ainda sou comido por um gato!


Andava o senhor vento
correndo no jardim
quando viu uma flor:

-Senhor vento, que força!
Até perdi o meu calor!


Andava o senhor vento
a brincar na rua
quando viu uma cereja:

- Senhor vento, que força!
Quase me atirou para a igreja!


Andava o senhor vento
a rir pelo pinhal
avistou uma galinha:

- Senhor vento, que força!
Quase me acertou com uma pinha!

Andava o senhor vento
foi para o alto do monte
e avistou um moinho:

- Senhor vento, que bom
que belo ventinho!


Francisco Viana

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Uma paixão

Na nossa sala temos um menino com Necessidades Educativas Especiais, o Zé Maria.

O Zé Maria é um menino de que todos gostamos muito, e que tanto na sala de aula como em toda a escola é muito acarinhado. É o nosso Zé Maria.
Como não temos trabalhos de escrita do Zé Maria para publicar no nosso blogue, tomámos a liberdade de publicar este texto que foi escrito pela sua irmã mais velha e que a mãe do Zé nos trouxe para ser lido na turma.




Apaixonei-me!


Foi no dia 28 de Maio de 1996 que tudo começou.
Tinha eu apenas 20 meses, quando o meu irmão nasceu. Nunca pensei que a minha vida mudasse desta maneira por causa de um irmão!
Num abrir e fechar de olhos, ele cresceu e eu fui-me habituando à deficiência dele... Ao princípio não compreendia por que motivo ele era assim e, por isso, sofri muito ao pé de certas crianças que andavam na escola, do primeiro até ao quarto ano. Sempre a gozarem comigo como se eu tivesse culpa, que os meus irmãos não fossem todos “normais”.
“Normal” é uma palavra muito forte, pois o meu irmão é normal, aliás para mim é perfeito!
À medida que fui crescendo fui gostando cada vez mais dele. Ele é para mim, o que ninguém consegue ser, ele é o “Super” mano...e acho que gosto dele de uma forma especial...
Esses anos foram um inferno! Ter de ouvir e aturar pessoas que nos chamam o género “irmã do baboso”, ou então quando sabem que tenho um irmão deficiente, simplesmente mudam de balneário ( esta situação passou-se na piscina).
A única vez que eu estive a altura de responder foi na praia. Um miúdo virou-se para o pai e disse “ ainda bem que eu não tenho um irmão daqueles” e eu respondi “Ainda bem, porque se o tivesses eu não conseguiria passar os melhores momentos da minha vida”. Custou-me muito ouvir o que o miúdo disse ao pai.
O modo como ele fala não me importa, pois, para mim, ele fala normalmente. Mas tenho de admitir que todas estas coisas, eu só as vejo desta maneira, porque ele é meu irmão. Costumo dizer que a língua dele é o “zezês”. Foi ele que criou a sua própria língua o que eu acho bastante original.
Para mim, um pequeno gesto dele, como por exemplo, chamar-me mãe, deixa-me a chorar de felicidade, pois quer dizer que eu sou especial para ele e ele mostra à sua maneira, que gosta tanto de mim como eu dele.
Graças a ele cresci, graças a ele tenho a mentalidade, a maturidade que tenho, graças a ele sou como sou. Ele para mim é muito mais que um irmão. Custa-me pensar, e tenho muito medo de pensar, como seria a minha vida sem ele.
Acho que comecei a gostar tanto dele porque perguntei e procurei saber informações de pessoas como ele, e também tentei ajudar pessoas assim ( fiz voluntariado no centro de paralesia cerebral). Felizmente tenho muitos amigos que me apoiam e me ajudam. Muitas noites chorei, mas o mais importante para mim é ter um irmão como ele que amo sem poder mais, uma paixão recheada de muito carinho.
Neste momento está ao meu lado a fazer aquelas festinhas e a dizer aquelas coisas que eu adoro! Tenho muito orgulho no mano que tenho e por ele fazia tudo! Não peço para ele ser normal porque é assim como ele é que eu vivo a grande paixão da minha vida! Por mim continuava a escrever porque tudo o que sinto por ele dava para encher mais de cem páginas. Ele é um miúdo muito querido e nunca fica triste posso dizer que me dá muita energia no meu dia-a-dia.
Sou uma irmã babada e com muitos motivos para isso!!!


AMO-TE MEU IRMÃO ZÉ! ÉS TUDO PARA MIM!

Oficina de Escrita e Leitura

Todas as Semanas destinamos o primeiro período da manhã de terça-feira ao projecto “ Oficina de Escrita e Leitura”.
Esta semana a proposta era:

Escreve um texto a partir da situação:
Imagina que vais viajar de balão com o teu melhor amigo.
Faz o relato dessa viagem.

“Viagem de balão”


Depois da apresentação de todos os textos produzidos, achamos que estes eram os mais criativos:


“Viagem de balão”



Eu estou num balão
com o meu amigo Tomás.
Eu estou a jogar às cartas
e ele a comer ananás.


Estamos a ver uma estrela
um ovni e o sol.
E nós até chegamos
a ver a luz do farol.


O balão foi para Saturno,
Para Marte e Plutão.
Mas um marciano apanhou-o
E deu-lhe o nome de João.


O marciano deixou
O balão fugir.
E a Maria Inês estava preocupada
onde iria cair?

Eles foram para Terra
viram logo uma porca.
E a Maria Inês reclamou
Estou farta de ser minorca.

O Tomás
não estava contente.
Devia ter gostado mais
Era de um balão de ar quente.


A Maria Inês concordou
Porque escolhemos um balão normal?
E usar a máquina de encolher
foi um castigo fatal.


E quando foram para Mercúrio
Acertou-lhes um foguetão
E ficaram logo queimados
Com a lava do vulcão.


Maria Inês e Tomás Lopes


“Viagem de balão”

A Maria Ana tinha convidado a Joana para uma festa de pijama na casa dela e provavelmente ficavam lá a dormir.
- Dlim, dlam, dlim, dlam! Soou a campainha.
- Mãe – chamou a Maria Ana impaciente - Deve ser a Joana, vem abrir a porta!
- Olá Maria, olá dona Matilde – disse a Joana.
- Olá – respondeu a mãe da Maria Ana - podemos falar um pouco na cozinha a sós?
- Sim - respondeu a mãe da Joana.
- Maria, vamos ouvir o que as nossas mães estão a falar.
- Boa ideia! balbuciou a Maria.
Então em biquinhos de pés , as duas amigas foram até à cozinha coscuvilhar a conversa das mães. De repente ... as duas amigas ouviram a mãe da Joana dizer:
- Não quero incomodar, D.Matilde.
- Mas a Joana não incomoda nada, até é melhor porque a Maria Ana anda a ficar triste.
- Está bem! - exclamou a D. Paula, a mãe da Joana.
As duas meninas de tão contentes gritaram:
- IUPI...IUPI..
Elas gritaram tão alto que as mães ouviram e descobriram que as filhas tinham ouvido a conversa.
- Meninas estiveram a ouvir a nossa conversa? Então já devem saber que a Joana dorme cá, não é?
- Sim, nós já sabemos, obrigada D. Matilde – agradeceu a Joana.
- Obrigada D. Paula – agradeceu a Maria Ana
Então a mãe da Joana foi-se embora.
À noite, depois do jantar, foram para o quarto e vestiram o pijama. A Maria Ana ligou a sua aparelhagem, pôs uma música e elas começaram a brincar à guerra das almofadas.
Às onze horas, a meninas estavam tão cansadas que se deitaram e num abrir e fechar de olhos adormeceram.
Mais tarde, a mãe da Maria foi ao quarto dar um beijinho de boas noites. Quando entrou no quarto viu tudo desarrumado: almofadas espalhadas, penas pelo ar e a aparelhagem ligada. A D. Matilde arrumou tudo e foi deitar-se.
A Maria Ana de repente teve um sonho e a Joana também.
A Maria entrou no sonho da Joana e a Joana entrou no sonho da Maria.
Sonharam que estavam a andar num balão de ar quente. O balão estava decorado com as fotografias das duas amigas. De repente, ouviram um trovão e começou a chover e as meninas ficaram com muito medo. Depois de uma tempestade enorme descobriu o sol. As gotas de água que caiam de um eucalipto ouviam-se bater no balão. Finalmente apareceu um lindo arco-íris com as suas sete cores. A Joana perguntou à Maria:
- Queres atravessar o arco-íris?
E a Maria respondeu:
- Sim. Boa ideia.
Então elas atravessaram o arco-íris, era tudo tão colorido! Nesse momento, não sei o que se passou, mas o sonho acabou.
De manhã, as duas meninas acordaram e contaram o sonho uma à outra, e concluiram que tinham vivido o mesmo sonho.

Joana e Maria Ana



“Viagem de balão”

Um dia dois miúdos preparam-se para fazer uma viagem de balão.
Eles eram viciados na play station, eram bons alunos e adoravam jogar à bola.
Um chamava-se Francisco, mau comportado com a família mas também muito adorado por ela. O outro era o Pedro, muito sossegado na escola, mas muito rebelde em casa. O melhor amigo destes dois era um outro Francisco, o craque da bola.
Pedro e Francisco seguiram viagem num balão de ar quente. Depois de terem passado uma noite ao frio, avistaram terras, mas não sabiam onde estavam, só sabiam que estavam muito longe de casa. Tinham que pedir ajuda. Aterraram, junto a uma pequena serra e perguntaram:
- Ó cota, onde é que nós estamos? – perguntou o Francisco.
- Ó pato estás em Vila Dentuça de Elefante
O Pedro como não estava na escola, resolveu ser um pouco malcriado e disse:
- Ó parvalhão não percebi nada do que você disse.
O cota voltou-se e disse novamente:
- Estão em Vila Dentuça de Elefante.
De regreso ao balão de ar quente, pegaram no mapa e trataram de descobrir qual era o caminho para casa, e não é que encontraram mesmo!
Disseram adeus à Vila Dentuça de Elefante e conseguiram chegar a casa sãos e salvos.

Francisco Góis e Pedro Cabral







segunda-feira, 2 de junho de 2008

Poema ao Francisco

Aproveitando um momento de Plano Individual de Trabalho a Maria Ana esceveu este poema, mas eu garanto que este menino não é da nossa sala!
Vejam lá se vocês sabem quem é. Se o encontrarem devem aconselhá-lo a portar-se melhor.



Poema ao Francisco


Era uma vez um marau
que gostava muito de carapau.


Esse marau chamava-se Francisco
e também gostava muito de marisco.


Tinha muito más notas

e não aceitava as derrotas.


A professora bem o avisava
mas o Francisco não se ralava.

Tinha outro amigo chamado Tomás
que gostava muito de ananás.


E tinha uma inimiga chamada Maria
que adorava comer popia.


E assim acabou o poema
que nos revela um grande dilema.


Maria Ana Veríssimo

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Pequenos e grandes poetas

Num momento de leitura dedicado à poesia, lemos um dos poemas de João Pedro Mésseder.


Inveja

Invejo a raiz da árvore

invejo a neve da serra,

invejo o canto da fonte,

invejo o leito do rio,

invejo as margens do lago,

invejo o fundo do mar

e a nuvem que vejo passar.



Depois foi a vez da Nicoli Kocinba escrever um poema "à maneira de João Pedro Mésseder".


Inveja


Invejo a beleza da fonte,

invejo o brilho do fundo do mar,

invejo a cor da flor,

invejo o brilho das estrelas,

invejo o verde das folhas,

invejo o azul do céu,

invejo o pássaro a voar

e entre as nuvens andar.

sábado, 24 de maio de 2008

Oficina de Escrita e Leitura

No tempo destinado à “Oficina de Escrita” , que acontece todas as terças feiras de manhã, os alunos a pares ou individualmente produziram os seus textos a partir da proposta “Um dia numa nuvem”
Todos os alunos apresentaram as suas produções à turma e na quinta-feira de manhã no tempo destinado ao Trabalhos de Texto, aperfeiçoamos e enriquecemos o texto do Dário, que ficou assim:

Um dia numa nuvem

Um dia, um menino ao olhar para o céu, viu uma nuvem que parecia uma cama e ele pensou "Que bela nuvem para dormir”. Então foi perguntar ao pai:
- Pai, um dia poderei dormir numa nuvem?
- Só se voares até lá – respondeu-lhe o pai.
- É isso que eu quero, tocar na lua, no céu e dormir nas nuvens.
O pai do menino pensou muito e resolveu tentar concretizar o desejo do filho. Procurou muito e conseguiu encontrar a loja certa. Lá comprou o maior escadote do planeta. Foi para casa e disse ao filho:
- Filho, já podes realizar o teu desejo, já podes subir ao céu e dormir numa nuvem.
- Mas como pai? – Perguntou curioso o menino.
- Toma este escadote, utiliza-o e poderás chegar até às nuvens.

Dário José e o grupo

Quando terminámos o texto reparámos que o menino do texto do Dário ainda não tinha chegado às nuvens. Então o texto tinha CONTINUAÇÃO. Jogámos mãos à obra e aqui ficam algumas propostas para a sua continuação. Esperamos que gostem.


“Um dia numa nuvem”
(Continuação)

(…) Passado um mês, o menino lá chegou às nuvens muito cansado. Deitou-se logo na tal nuvem que se parecia com uma cama e adormeceu.
Como estava completamente exausto o menino dormiu, dormiu … Ele dormiu um mês seguido, precisamente o mesmo tempo que demorou a subir escadas até conseguir alcançar as tão desejadas nuvens.
Passado um mês acordou e levava horas esquecidas a brincar.
O tempo ia passando e o pai como já estava preocupado, resolveu avisar as autoridades e contar tudo o que tinha acontecido.
As autoridades começaram a actuar e quando o pai do menino pedia informações, eles diziam:

“ As autoridades estão em acção
e para não perder forças
a comer muito feijão.”

Passados alguns meses, as autoridades encontraram o corpo do menino mas já sem vida. Os polícias estudaram o caso e finalmente descobriram que o menino tinha morrido por falta de comida.
A partir desse dia, as nuvens modificaram as suas formas, transformaram-se em frangos, peixes, couves, bananas…
Francisco Góis e Pedro Cabral

Um dia numa nuvem
(Continuação)

Quando o menino recebeu o escadote, perguntou ao pai:
- Papá, como é que eu vou pegar neste escadote? É muito pesado para mim!
- Eu ajudo-te.
- Obrigado pai. És muito fixe para mim – disse o menino.
O menino e o pai fizeram muito esforço, mas “PUM” houve um acidente, o escadote tinha caído. Ficaram desesperados.
- O escadote caiu e agora o que fazemos papá?
- Vamos tentar outra vez. Não queres realizar o teu desejo? – perguntou o pai.
- Claro papá – respondeu o rapaz – mas eu já estou muito cansado!
- OK, eu vou preparar um lanchinho para nós.
- Boa pai, eu quero uma sandes de queijo, fiambre e manteiga, se faz favor.
- Está bem – respondeu-lhe o pai.
Quando acabaram de comer, foram tentar mais uma vez.
- Força filho, faz mais força.
- Estou a tentar pai, não consigo mais – disse o filho já um pouco desanimado.
- Já está! Conseguimos. Agora só tens de subir e realizar o teu desejo.
O menino finalmente começou a subir os degraus do escadote. Subiu., subiu até chegar às nuvens.
A primeira nuvem que alcançou, foi uma nuvem muito branquinha, precisamente aquela que tinha a forma de uma cama. Ele deitou-se e adormeceu profundamente.
O pai lá em baixo, estava curioso e também subiu, queria saber como era a vista lá de cima.
Quando finalmente chegou, achou tudo uma maravilha. O menino espantado perguntou:
- Papá, o que estás aqui a fazer?
- Vim ver como era a vista cá em cima.
- Já viste tudo?
- Sim, já vi queres vir comigo para casa?
- Não, não, eu fico aqui na minha bela nuvem. Quero deliciar-me mais um pouco com estas belas paisagens.
- Adeus filho e não te demores muito.


Joana e Ana Catarina
“Um dia numa nuvem”
(Continuação)

(..) Então o menino pegou no escadote e começou a subir, subiu, subiu, subiu até que chegou às nuvens.
Quando chegou lá acima, escolheu uma nuvem para dormir, a nuvem chamava-se Lisa.
O menino, à noite, quando se foi deitar sentiu vontade de tocar na lua. Então pegou outra vez no escadote e subiu, subiu, subiu até conseguir tocar na lua. Depois pensou: “ Agora sim, já posso regressar até à minha Lisa e dormir descansado”. Então desceu, desceu, desceu, chegou à sua nuvem e deixou-se dormir.
No dia seguinte, o menino acordou e sentiu a falta do pai, no fundo ele estava cheio de
SAUDADES da sua casa e do pai. O menino começou uma nova caminhada, desceu, desceu, desceu, até chegar a casa.
Quando chegou a casa, ele foi rapidamente até ao quarto do pai e disse:
- Olá pai! São horas de acordar, já é de manhã!
- Está bem filho. Mas… espera, tu não estavas nas nuvens? – Perguntou o pai intrigado.
- Sim, estava, mas desci e voltei para casa. Não estás feliz? – Respondeu o menino.
- Sim, claro. Vamos tomar um belo pequeno - almoço juntos.
- Pode ser, mas que rica ideia!

Maria Inês e Carolina


segunda-feira, 19 de maio de 2008

O sonho do lobo

Era uma vez um lobo que todas as noites tinha o mesmo sonho.
Nesse sonho havia uma princesa que tinha sido presa por um dragão.
Naquele dia, o lobo resolveu ir até ao palácio decidido a salvar a princesa das garras do dragão.
Chegou ao palácio, lutou com o dragão e de repente acordou e acabou o sonho.
Na outra noite, o lobo teve outro sonho, mas desta vez não havia uma princesa mas sim uma ovelha. Então o lobo pensou:
- Pela princesa ainda arrisquei a minha vida, mas por esta ovelha nem pensar e de repente ACORDOU …..

Carolina e João Pedro
A Fada da Cor

Era uma vez uma montanha enfeitiçada.
Nessa montanha existia uma pequena aldeia, onde uma menina todos os dias se sentava para brincar numa nuvem saltitona.
Essa menina não era muito feliz, porque naquela aldeia era tudo preto e branco, como uma nuvem quase, quase negra quando anuncia uma chuva triste.
Um dia, a menina viu borboletas a voar e as borboletas levaram-na para um sítio muito longe onde havia muita cor e ela perguntou-lhes:
- Como é que se chama este sítio?
- Este sítio chama-se o arco-íris! – disse -lhe uma das borboletas.
A menina transformou-se em menina borboleta e quando começou a voar viu que quando tocava com a sua pequenina mão nas coisas elas ficavam coloridas.
Começou a pintar tudo por onde passava e ficou tudo muito alegre e colorido.
Os habitantes da aldeia ficaram maravilhados e muito agradecidos àquela menina a quem deram o nome de “Fada da Cor”.

Ana Catarina e Inês Alexandra

Escrita a pares


A nova casa da rã

Um dia um grupo de Tweenies estava a brincar no quarto e o Doodles, que era um cãozinho estava no jardim. De repente, o Doodles viu algo assustador:
- Ão, ão, ão – ladrou o Doodles assustado e fugiu para o quarto dos brinquedos, escondendo-se atrás das almofadas.
- Talvez o Doodles tenha visto um enorme dragão! – disse a Fizz.
- Ou um leão! – disse o Jake.
- Ou quem sabe uma planta com dentes – troçou o Milo.
- Não sejas tolo! – retorquiu a Bela - Nós não temos coisas dessas no jardim.
Depois a Fizz e o Jake foram ao jardim e o Jake apontou para o chão e disse:
- Olha Fizz, é verdade, é mesmo um dragão!
A Fizz espreitou e riu-se:
- Não é nada, isso é uma rã – explicou a Frizz.
- Eu sei – disse o Jake – é a minha amiga Norman.
O Jake pegou na rã ao colo e a Fizz foi chamar o Max. O Max quando viu a Norman perguntou intrigado:
- Jake, como é que a Norman veio parar aqui?
- Não sei – respondeu o Jake – foi o Doodles que a encontrou.
- Jake, a Norman não pode viver aqui, ela também precisa de água.
- Mas Max, eu posso pôr água numa caixa e assim nunca mais fico longe dela.
- Não - disse o Max – as rãs vivem nos lagos!!
O Jake, a Fizz e o Max resolveram ir ao parque, talvez lá encontrassem uma casa para a Norman. Levaram a Norman numa caixa e lá foram eles.
Quando chegaram ao parque pararam ao pé de uma poça de água e o Jake exclamou:
- Olha Max, água!
- O Jake não achou aquela poça apropriada para a sua Norman, ele queria um lago, mesmo um lago a valer.
Continuaram a andar até que encontraram um lago enorme.
- Uauuuuu!!! - exclamaram todos em coro.
Depois o Jake colocou a Norman na água.
No lago estavam mais três rãs, sentadas num tronco.
O Max começou então a cantar uma canção assim:

Três rãs às pintinhas
Num tronco sentadinhas
Comendo insectos com agrado!
INHAM! INHAM!
Mas uma mergulhou no lago tão gelado
Ficaram só duas rãzinhas.

GLUP! GLUP!
Duas rãs às pintinhas
Num tronco sentadinhas
Comendo insectos com agrado!
INHAM! INHAM!
Mas uma mergulhou no lago tão gelado
E só lá ficou uma rãzinha.

GLUP! GLUP!
Uma rã às pintinhas
Num tronco sentadinha
Comendo insectos com agrado!
INHAM! INHAM!
Mas uma mergulhou no lago tão gelado
Já não há nenhuma rãzinha.
GLUP! GLUP!

- Adoro este sítio! – gritou a Norman a coaxar.
Joana Pedro e Maria Ana Veríssimo

A viagem do Peixinho




O Tomás resolveu contar-nos a história do peixinho, brincando com as palavras e ficou assim....



A viagem do peixinho

Estava o peixinho
Ali a nadar.
Está na escolinha
No fundo do mar.


Até que toca
É hora de ir
Aprender as tabuadas
E as contas de dividir.


Vai de viagem
Com o seu amigo Róio
Todos contentes
Num comboio.


O comboio parou
Estão no Japão
Ficaram logo amigos
D’ um tubarão.


Tuom,tuom, tuom
Tocava o bongo
Mas eles preferiram
O rio Congo.



De transporte
Usaram uma camioneta
Ficaram logo amigos
De truta Tareta.


Os quatro peixinhos
Preferiam Platão
Foram para lá
De foguetão.

O problema foi o foguetão
Acabou por explodir
Como é que agora
Eles iam sair?


Ficaram logo amigos
Do Táparen
Um pequeno andróide
Do rei Fahren.


Tápaken levou-os
Na nave espacial
E o piloto era
O senhor Amaral.


Tápaken também foi
Para o Planeta Terra
Aterraram bem direitinhos
No meio da serra.

Quando chegaram lá
Foram todos para a escolinha
Toda enfeitada
Esquisita e bonitinha.
Tomás Costa Lopes

Escrita Livre

Na hora destinada ao Tempo de Estudo Autónomo que é gerido através do Plano Individual de Trabalho, é frequente a escrita livre de textos.
Alguns alunos ofereceram as suas produções para iniciarmos a postagem no Blogue da turma.

Amor...

O amor é um coração com dono,
e um rei e uma rainha num trono.

O amor é um coração apaixonado,
que nunca será abandonado.

O amor é um menino e uma menina a voar,
que nunca se vão separar.

O amor é uma gata e um gato assanhados,
Porque estão apaixonados.

VIVA O AMOR!!!

Filipa Costa Lobo Manguito

Traquinas e travessos

Estes são os meus colegas
Traquinas e travessos
Adoram pregar partidas
ou mesmo jogar às escondidas.

Toca, não vêm p’ra sala
Quando chegam é uma confusão
E eu quase adormeço
Quando ouço a discussão.

Quando chega a directora
Observa e diz com decisão:
- Que desastre!
Isto é uma confusão.

Pedro Cabral

Após a Filipa ter apresentado na sala alguns comportamentos desajustados, os quais estavam relacionados com bichos-de-conta, resolveu fazer este poema para pedir desculpas à mãe.

Mãe…

Os teus olhos são brilhantes,
Como pequenos diamantes.

Tu és o meu tesouro,
Brilhante como o ouro.

As minhas desculpas são reais,
E bichos-de-conta já não trago mais.

Não te zangues,
Porque já te garanti
Que bichos-de-conta só no jardim.