sábado, 24 de maio de 2008

Oficina de Escrita e Leitura

No tempo destinado à “Oficina de Escrita” , que acontece todas as terças feiras de manhã, os alunos a pares ou individualmente produziram os seus textos a partir da proposta “Um dia numa nuvem”
Todos os alunos apresentaram as suas produções à turma e na quinta-feira de manhã no tempo destinado ao Trabalhos de Texto, aperfeiçoamos e enriquecemos o texto do Dário, que ficou assim:

Um dia numa nuvem

Um dia, um menino ao olhar para o céu, viu uma nuvem que parecia uma cama e ele pensou "Que bela nuvem para dormir”. Então foi perguntar ao pai:
- Pai, um dia poderei dormir numa nuvem?
- Só se voares até lá – respondeu-lhe o pai.
- É isso que eu quero, tocar na lua, no céu e dormir nas nuvens.
O pai do menino pensou muito e resolveu tentar concretizar o desejo do filho. Procurou muito e conseguiu encontrar a loja certa. Lá comprou o maior escadote do planeta. Foi para casa e disse ao filho:
- Filho, já podes realizar o teu desejo, já podes subir ao céu e dormir numa nuvem.
- Mas como pai? – Perguntou curioso o menino.
- Toma este escadote, utiliza-o e poderás chegar até às nuvens.

Dário José e o grupo

Quando terminámos o texto reparámos que o menino do texto do Dário ainda não tinha chegado às nuvens. Então o texto tinha CONTINUAÇÃO. Jogámos mãos à obra e aqui ficam algumas propostas para a sua continuação. Esperamos que gostem.


“Um dia numa nuvem”
(Continuação)

(…) Passado um mês, o menino lá chegou às nuvens muito cansado. Deitou-se logo na tal nuvem que se parecia com uma cama e adormeceu.
Como estava completamente exausto o menino dormiu, dormiu … Ele dormiu um mês seguido, precisamente o mesmo tempo que demorou a subir escadas até conseguir alcançar as tão desejadas nuvens.
Passado um mês acordou e levava horas esquecidas a brincar.
O tempo ia passando e o pai como já estava preocupado, resolveu avisar as autoridades e contar tudo o que tinha acontecido.
As autoridades começaram a actuar e quando o pai do menino pedia informações, eles diziam:

“ As autoridades estão em acção
e para não perder forças
a comer muito feijão.”

Passados alguns meses, as autoridades encontraram o corpo do menino mas já sem vida. Os polícias estudaram o caso e finalmente descobriram que o menino tinha morrido por falta de comida.
A partir desse dia, as nuvens modificaram as suas formas, transformaram-se em frangos, peixes, couves, bananas…
Francisco Góis e Pedro Cabral

Um dia numa nuvem
(Continuação)

Quando o menino recebeu o escadote, perguntou ao pai:
- Papá, como é que eu vou pegar neste escadote? É muito pesado para mim!
- Eu ajudo-te.
- Obrigado pai. És muito fixe para mim – disse o menino.
O menino e o pai fizeram muito esforço, mas “PUM” houve um acidente, o escadote tinha caído. Ficaram desesperados.
- O escadote caiu e agora o que fazemos papá?
- Vamos tentar outra vez. Não queres realizar o teu desejo? – perguntou o pai.
- Claro papá – respondeu o rapaz – mas eu já estou muito cansado!
- OK, eu vou preparar um lanchinho para nós.
- Boa pai, eu quero uma sandes de queijo, fiambre e manteiga, se faz favor.
- Está bem – respondeu-lhe o pai.
Quando acabaram de comer, foram tentar mais uma vez.
- Força filho, faz mais força.
- Estou a tentar pai, não consigo mais – disse o filho já um pouco desanimado.
- Já está! Conseguimos. Agora só tens de subir e realizar o teu desejo.
O menino finalmente começou a subir os degraus do escadote. Subiu., subiu até chegar às nuvens.
A primeira nuvem que alcançou, foi uma nuvem muito branquinha, precisamente aquela que tinha a forma de uma cama. Ele deitou-se e adormeceu profundamente.
O pai lá em baixo, estava curioso e também subiu, queria saber como era a vista lá de cima.
Quando finalmente chegou, achou tudo uma maravilha. O menino espantado perguntou:
- Papá, o que estás aqui a fazer?
- Vim ver como era a vista cá em cima.
- Já viste tudo?
- Sim, já vi queres vir comigo para casa?
- Não, não, eu fico aqui na minha bela nuvem. Quero deliciar-me mais um pouco com estas belas paisagens.
- Adeus filho e não te demores muito.


Joana e Ana Catarina
“Um dia numa nuvem”
(Continuação)

(..) Então o menino pegou no escadote e começou a subir, subiu, subiu, subiu até que chegou às nuvens.
Quando chegou lá acima, escolheu uma nuvem para dormir, a nuvem chamava-se Lisa.
O menino, à noite, quando se foi deitar sentiu vontade de tocar na lua. Então pegou outra vez no escadote e subiu, subiu, subiu até conseguir tocar na lua. Depois pensou: “ Agora sim, já posso regressar até à minha Lisa e dormir descansado”. Então desceu, desceu, desceu, chegou à sua nuvem e deixou-se dormir.
No dia seguinte, o menino acordou e sentiu a falta do pai, no fundo ele estava cheio de
SAUDADES da sua casa e do pai. O menino começou uma nova caminhada, desceu, desceu, desceu, até chegar a casa.
Quando chegou a casa, ele foi rapidamente até ao quarto do pai e disse:
- Olá pai! São horas de acordar, já é de manhã!
- Está bem filho. Mas… espera, tu não estavas nas nuvens? – Perguntou o pai intrigado.
- Sim, estava, mas desci e voltei para casa. Não estás feliz? – Respondeu o menino.
- Sim, claro. Vamos tomar um belo pequeno - almoço juntos.
- Pode ser, mas que rica ideia!

Maria Inês e Carolina


1 comentário:

Ft disse...

Posso brincar também!?
rsrsrsrs

"Um dia numa nuvem" (continuação).

Um dia, um menino ao olhar para o céu, viu uma nuvem que parecia uma cama e ele pensou "Que bela nuvem para dormir”. Então foi perguntar ao pai:
- Pai, um dia poderei dormir numa nuvem?
- Só se voares até lá – respondeu-lhe o pai.
- É isso que eu quero, tocar na lua, no céu e dormir nas nuvens.
O pai do menino pensou muito e resolveu tentar concretizar o desejo do filho. Procurou muito e conseguiu encontrar a loja certa. Lá comprou o maior escadote do planeta. Foi para casa e disse ao filho:
- Filho, já podes realizar o teu desejo, já podes subir ao céu e dormir numa nuvem.
- Mas como pai? – Perguntou curioso o menino.
- Toma este escadote, utiliza-o e poderás chegar até às nuvens.

(continuação)

(...) - Como és bobo, pai! - escarniu-lhe o menino. - Um escadote?
- Por que, de bobo me chamas, filho? Eu procurei por toda parte e trouxe-te o escadote para que realizasses teu sonho!
- Mas não disseste que preciso voar? - questionou o menino.
- Exato, meu filho. Mas não possuimos asas.
E o filho, com um sorriso largo e os olhos refletindo o céu, disse:
- Já as tenho! Desde o momento que lhes consigo sentir, tão quanto a suavidade das nuvens. O escadote só me faria, das nuvens, do céu, do sonho, descer...