segunda-feira, 26 de maio de 2008
Pequenos e grandes poetas
Inveja
Invejo a raiz da árvore
invejo a neve da serra,
invejo o canto da fonte,
invejo o leito do rio,
invejo as margens do lago,
invejo o fundo do mar
e a nuvem que vejo passar.
Depois foi a vez da Nicoli Kocinba escrever um poema "à maneira de João Pedro Mésseder".
Inveja
Invejo a beleza da fonte,
invejo o brilho do fundo do mar,
invejo a cor da flor,
invejo o brilho das estrelas,
invejo o verde das folhas,
invejo o azul do céu,
invejo o pássaro a voar
e entre as nuvens andar.
sábado, 24 de maio de 2008
Oficina de Escrita e Leitura
Todos os alunos apresentaram as suas produções à turma e na quinta-feira de manhã no tempo destinado ao Trabalhos de Texto, aperfeiçoamos e enriquecemos o texto do Dário, que ficou assim:
Um dia, um menino ao olhar para o céu, viu uma nuvem que parecia uma cama e ele pensou "Que bela nuvem para dormir”. Então foi perguntar ao pai:
- Pai, um dia poderei dormir numa nuvem?
- Só se voares até lá – respondeu-lhe o pai.
- É isso que eu quero, tocar na lua, no céu e dormir nas nuvens.
O pai do menino pensou muito e resolveu tentar concretizar o desejo do filho. Procurou muito e conseguiu encontrar a loja certa. Lá comprou o maior escadote do planeta. Foi para casa e disse ao filho:
- Filho, já podes realizar o teu desejo, já podes subir ao céu e dormir numa nuvem.
- Mas como pai? – Perguntou curioso o menino.
- Toma este escadote, utiliza-o e poderás chegar até às nuvens.
“Um dia numa nuvem”
(Continuação)
(…) Passado um mês, o menino lá chegou às nuvens muito cansado. Deitou-se logo na tal nuvem que se parecia com uma cama e adormeceu.
Como estava completamente exausto o menino dormiu, dormiu … Ele dormiu um mês seguido, precisamente o mesmo tempo que demorou a subir escadas até conseguir alcançar as tão desejadas nuvens.
Passado um mês acordou e levava horas esquecidas a brincar.
“ As autoridades estão em acção
e para não perder forças
a comer muito feijão.”
Passados alguns meses, as autoridades encontraram o corpo do menino mas já sem vida. Os polícias estudaram o caso e finalmente descobriram que o menino tinha morrido por falta de comida.
A partir desse dia, as nuvens modificaram as suas formas, transformaram-se em frangos, peixes, couves, bananas…
(Continuação)
Quando o menino recebeu o escadote, perguntou ao pai:
- Papá, como é que eu vou pegar neste escadote? É muito pesado para mim!
- Eu ajudo-te.
- Obrigado pai. És muito fixe para mim – disse o menino.
O menino e o pai fizeram muito esforço, mas “PUM” houve um acidente, o escadote tinha caído. Ficaram desesperados.
- O escadote caiu e agora o que fazemos papá?
- Vamos tentar outra vez. Não queres realizar o teu desejo? – perguntou o pai.
- Claro papá – respondeu o rapaz – mas eu já estou muito cansado!
- OK, eu vou preparar um lanchinho para nós.
- Boa pai, eu quero uma sandes de queijo, fiambre e manteiga, se faz favor.
- Está bem – respondeu-lhe o pai.
Quando acabaram de comer, foram tentar mais uma vez.
- Força filho, faz mais força.
- Estou a tentar pai, não consigo mais – disse o filho já um pouco desanimado.
- Já está! Conseguimos. Agora só tens de subir e realizar o teu desejo.
O menino finalmente começou a subir os degraus do escadote. Subiu., subiu até chegar às nuvens.
A primeira nuvem que alcançou, foi uma nuvem muito branquinha, precisamente aquela que tinha a forma de uma cama. Ele deitou-se e adormeceu profundamente.
O pai lá em baixo, estava curioso e também subiu, queria saber como era a vista lá de cima.
Quando finalmente chegou, achou tudo uma maravilha. O menino espantado perguntou:
- Papá, o que estás aqui a fazer?
- Vim ver como era a vista cá em cima.
- Já viste tudo?
- Sim, já vi queres vir comigo para casa?
- Não, não, eu fico aqui na minha bela nuvem. Quero deliciar-me mais um pouco com estas belas paisagens.
- Adeus filho e não te demores muito.
Joana e Ana Catarina
(Continuação)
Quando chegou lá acima, escolheu uma nuvem para dormir, a nuvem chamava-se Lisa.
O menino, à noite, quando se foi deitar sentiu vontade de tocar na lua. Então pegou outra vez no escadote e subiu, subiu, subiu até conseguir tocar na lua. Depois pensou: “ Agora sim, já posso regressar até à minha Lisa e dormir descansado”. Então desceu, desceu, desceu, chegou à sua nuvem e deixou-se dormir.
No dia seguinte, o menino acordou e sentiu a falta do pai, no fundo ele estava cheio de
SAUDADES da sua casa e do pai. O menino começou uma nova caminhada, desceu, desceu, desceu, até chegar a casa.
Quando chegou a casa, ele foi rapidamente até ao quarto do pai e disse:
- Olá pai! São horas de acordar, já é de manhã!
- Está bem filho. Mas… espera, tu não estavas nas nuvens? – Perguntou o pai intrigado.
- Sim, estava, mas desci e voltei para casa. Não estás feliz? – Respondeu o menino.
- Sim, claro. Vamos tomar um belo pequeno - almoço juntos.
- Pode ser, mas que rica ideia!
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Era uma vez um lobo que todas as noites tinha o mesmo sonho.
Nesse sonho havia uma princesa que tinha sido presa por um dragão.
Naquele dia, o lobo resolveu ir até ao palácio decidido a salvar a princesa das garras do dragão.
Chegou ao palácio, lutou com o dragão e de repente acordou e acabou o sonho.
Na outra noite, o lobo teve outro sonho, mas desta vez não havia uma princesa mas sim uma ovelha. Então o lobo pensou:
- Pela princesa ainda arrisquei a minha vida, mas por esta ovelha nem pensar e de repente ACORDOU …..
Carolina e João Pedro
Era uma vez uma montanha enfeitiçada.
Nessa montanha existia uma pequena aldeia, onde uma menina todos os dias se sentava para brincar numa nuvem saltitona.
Essa menina não era muito feliz, porque naquela aldeia era tudo preto e branco, como uma nuvem quase, quase negra quando anuncia uma chuva triste.
Um dia, a menina viu borboletas a voar e as borboletas levaram-na para um sítio muito longe onde havia muita cor e ela perguntou-lhes:
- Como é que se chama este sítio?
- Este sítio chama-se o arco-íris! – disse -lhe uma das borboletas.
A menina transformou-se em menina borboleta e quando começou a voar viu que quando tocava com a sua pequenina mão nas coisas elas ficavam coloridas.
Começou a pintar tudo por onde passava e ficou tudo muito alegre e colorido.
Os habitantes da aldeia ficaram maravilhados e muito agradecidos àquela menina a quem deram o nome de “Fada da Cor”.
Ana Catarina e Inês Alexandra
Escrita a pares
A nova casa da rã
Um dia um grupo de Tweenies estava a brincar no quarto e o Doodles, que era um cãozinho estava no jardim. De repente, o Doodles viu algo assustador:
- Ão, ão, ão – ladrou o Doodles assustado e fugiu para o quarto dos brinquedos, escondendo-se atrás das almofadas.
- Talvez o Doodles tenha visto um enorme dragão! – disse a Fizz.
- Ou um leão! – disse o Jake.
- Ou quem sabe uma planta com dentes – troçou o Milo.
- Não sejas tolo! – retorquiu a Bela - Nós não temos coisas dessas no jardim.
Depois a Fizz e o Jake foram ao jardim e o Jake apontou para o chão e disse:
A Fizz espreitou e riu-se:
- Não é nada, isso é uma rã – explicou a Frizz.
- Eu sei – disse o Jake – é a minha amiga Norman.
O Jake pegou na rã ao colo e a Fizz foi chamar o Max. O Max quando viu a Norman perguntou intrigado:
- Jake, como é que a Norman veio parar aqui?
- Não sei – respondeu o Jake – foi o Doodles que a encontrou.
- Jake, a Norman não pode viver aqui, ela também precisa de água.
- Mas Max, eu posso pôr água numa caixa e assim nunca mais fico longe dela.
- Não - disse o Max – as rãs vivem nos lagos!!
O Jake, a Fizz e o Max resolveram ir ao parque, talvez lá encontrassem uma casa para a Norman. Levaram a Norman numa caixa e lá foram eles.
Quando chegaram ao parque pararam ao pé de uma poça de água e o Jake exclamou:
- Olha Max, água!
- O Jake não achou aquela poça apropriada para a sua Norman, ele queria um lago, mesmo um lago a valer.
Continuaram a andar até que encontraram um lago enorme.
- Uauuuuu!!! - exclamaram todos em coro.
Depois o Jake colocou a Norman na água.
No lago estavam mais três rãs, sentadas num tronco.
O Max começou então a cantar uma canção assim:
Três rãs às pintinhas
Num tronco sentadinhas
Comendo insectos com agrado!
INHAM! INHAM!
Mas uma mergulhou no lago tão gelado
Ficaram só duas rãzinhas.
GLUP! GLUP!
Duas rãs às pintinhas
Num tronco sentadinhas
Comendo insectos com agrado!
INHAM! INHAM!
Mas uma mergulhou no lago tão gelado
E só lá ficou uma rãzinha.
GLUP! GLUP!
Uma rã às pintinhas
Num tronco sentadinha
Comendo insectos com agrado!
INHAM! INHAM!
Mas uma mergulhou no lago tão gelado
Já não há nenhuma rãzinha.
- Adoro este sítio! – gritou a Norman a coaxar.
A viagem do Peixinho
O Tomás resolveu contar-nos a história do peixinho, brincando com as palavras e ficou assim....
Estava o peixinho
Ali a nadar.
Está na escolinha
No fundo do mar.
Até que toca
É hora de ir
Aprender as tabuadas
E as contas de dividir.
Vai de viagem
Com o seu amigo Róio
Todos contentes
Num comboio.
O comboio parou
Estão no Japão
Ficaram logo amigos
D’ um tubarão.
Tuom,tuom, tuom
Tocava o bongo
Mas eles preferiram
O rio Congo.
De transporte
Usaram uma camioneta
Ficaram logo amigos
De truta Tareta.
Os quatro peixinhos
Preferiam Platão
Foram para lá
De foguetão.
O problema foi o foguetão
Acabou por explodir
Como é que agora
Eles iam sair?
Ficaram logo amigos
Do Táparen
Um pequeno andróide
Do rei Fahren.
Tápaken levou-os
Na nave espacial
E o piloto era
O senhor Amaral.
Tápaken também foi
Para o Planeta Terra
Aterraram bem direitinhos
No meio da serra.
Quando chegaram lá
Foram todos para a escolinha
Toda enfeitada
Esquisita e bonitinha.
Escrita Livre
Amor...
O amor é um coração com dono,
e um rei e uma rainha num trono.
O amor é um coração apaixonado,
que nunca será abandonado.
O amor é um menino e uma menina a voar,
que nunca se vão separar.
O amor é uma gata e um gato assanhados,
Porque estão apaixonados.
VIVA O AMOR!!!
Filipa Costa Lobo Manguito
Traquinas e travessos
Estes são os meus colegas
Traquinas e travessos
Adoram pregar partidas
ou mesmo jogar às escondidas.
Toca, não vêm p’ra sala
Quando chegam é uma confusão
E eu quase adormeço
Quando ouço a discussão.
Quando chega a directora
Observa e diz com decisão:
- Que desastre!
Isto é uma confusão.
Pedro Cabral
Após a Filipa ter apresentado na sala alguns comportamentos desajustados, os quais estavam relacionados com bichos-de-conta, resolveu fazer este poema para pedir desculpas à mãe.
Mãe…
Os teus olhos são brilhantes,
Como pequenos diamantes.
Tu és o meu tesouro,
Brilhante como o ouro.
As minhas desculpas são reais,
E bichos-de-conta já não trago mais.
Não te zangues,
Porque já te garanti
Que bichos-de-conta só no jardim.